🧠 TDAH, TEA, TOD e DI: Entenda as Diferenças
Por Emerson José - Pedagogo
1. TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
O TDAH é caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade. A criança ou adulto com TDAH tem dificuldade em manter o foco em tarefas, principalmente as mais monótonas. Além disso, há uma tendência a agir de forma impulsiva e sem pensar nas consequências, além de uma agitação constante.
Exemplo prático: Uma criança com TDAH pode começar várias atividades, mas não consegue terminar nenhuma. Ela pode levantar-se da cadeira durante as aulas, interromper os colegas sem querer e agir impulsivamente.
Diferencial: A impulsividade no TDAH é algo que a pessoa tenta controlar, mas tem dificuldades. A desatenção é um reflexo da dificuldade em se concentrar e focar por longos períodos.
2. TEA – Transtorno do Espectro Autista
O TEA afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Pessoas com TEA podem ter dificuldades em manter conversas, compreender sinais sociais e desenvolver uma interação adequada. Além disso, comportamentos repetitivos e interesses restritos são comuns, como a insistência em atividades específicas.
Exemplo prático: Uma criança com TEA pode evitar o contato visual, preferir brincar sozinha e apresentar sensibilidade exagerada a certos sons ou texturas. Ela também pode repetir frases ou gestos constantemente.
Diferencial: As dificuldades sociais e os comportamentos repetitivos são centrais no TEA. Embora as pessoas com TDAH também possam ter problemas sociais, no TEA, a dificuldade é mais acentuada e relacionada à compreensão de contextos sociais.
3. TOD – Transtorno Opositivo Desafiador
O TOD é caracterizado por um comportamento desafiador e desobediente. Crianças com TOD tendem a questionar a autoridade e frequentemente se envolvem em brigas com pais, professores e outras figuras de autoridade. Além disso, podem ser irritadas e demonstrar uma atitude de vingança.
Exemplo prático: Uma criança com TOD pode desafiar constantemente as regras, responder agressivamente aos pais ou professores e se recusar a seguir instruções, mesmo quando sabe o que deve fazer.
Diferencial: A principal diferença do TOD para o TDAH é que, enquanto o TDAH envolve impulsividade sem intenção, o TOD é um comportamento deliberado, em que a criança age de forma intencional para desobedecer e desafiar a autoridade.
4. DI – Deficiência Intelectual
A Deficiência Intelectual (DI) envolve limitações significativas tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo. Isso inclui dificuldades em habilidades cognitivas, sociais e práticas. O desenvolvimento é mais lento em relação a outras crianças da mesma faixa etária, e a pessoa pode precisar de apoio para realizar atividades cotidianas.
Exemplo prático: Uma criança com DI pode apresentar dificuldades no desenvolvimento da fala, ter problemas em aprender conceitos básicos, como contar ou vestir-se, e precisar de assistência constante para realizar tarefas diárias.
Diferencial: A Deficiência Intelectual afeta a capacidade cognitiva global da pessoa, enquanto os outros transtornos (TDAH, TEA e TOD) afetam áreas mais específicas, como atenção, comportamento social ou relacionamento com a autoridade.
Como Identificar as Diferenças?
TDAH: Foco na desatenção e impulsividade. A criança pode parecer desorganizada e inquieta, mas geralmente quer fazer o certo.
TEA: Foco nas dificuldades sociais e comportamentos repetitivos. A criança pode evitar interações ou ter interesses muito restritos e específicos.
TOD: Foco em desafiar autoridades. A criança geralmente responde de forma agressiva ou desobediente e age com intenção.
DI: Limitações globais no desenvolvimento cognitivo e adaptativo, com dificuldades em aprender habilidades básicas para o dia a dia.
Dicas para Identificação
Ambientes variados: Observe como os comportamentos se manifestam em diferentes situações, como na escola, em casa ou em público.
Idade de início: Fique atento ao momento em que os sintomas começaram. Muitas vezes, esses transtornos podem ser identificados na infância.
Persistência dos sintomas: Verifique se os comportamentos continuam ao longo do tempo, o que pode indicar a presença de um transtorno.
Impacto na vida diária: Avalie se os sintomas interferem no funcionamento diário, como na escola ou em casa.
Lembre-se, para um diagnóstico preciso, é sempre importante consultar um profissional especializado, como psicólogos ou psiquiatras.
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