Haddad ministro da economia |
Por Emerson José
Imagine um campeonato mundial de impostos, com o Brasil no topo do pódio, ostentando a medalha de ouro, enquanto países como Hungria e Suécia aplaudem de longe. Com a nova reforma tributária, o nosso IVA (Imposto sobre Valor Agregado) promete atingir impressionantes 27,97%, uma pontuação que faz até a Hungria, com seus 27%, e a média de 19% dos países desenvolvidos, parecerem amadores no jogo de arrecadação.
Mas como chegamos aqui? A reforma aprovada no Congresso unificou vários impostos ao longo da cadeia produtiva de bens e serviços, criando o super-IVA. No início, a ideia era de que essa alíquota ficasse em "modestos" 26,5%. No entanto, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, num movimento digno de um plot twist, confessou que ela pode chegar perto dos 28% durante a análise no Congresso — algo que ele jurava de pés juntos que não aconteceria.
O motivo desse aumento? A isenção de impostos para mais de 1.600 categorias de produtos e serviços, que variam desde os itens básicos da cesta básica até explosivos e remédios de disfunção erétil (sim, você leu certo). Como resultado, o governo precisa compensar essa perda em algum lugar, e, adivinhe, quem vai sentir no bolso são os setores que não foram agraciados com a isenção.
Agora, o próximo passo é com os senadores, que decidirão se essas isenções vão continuar ou não. Mas, com a temporada eleitoral à espreita, não se surpreenda se essa decisão for empurrada para depois das eleições municipais. Afinal, quando se trata de impostos, quem não gosta de um suspense digno de novela?
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