Por Emerson José - Antena Assessoria 📻
O que faz um ouvinte mudar de estação é, em grande parte, a quebra da expectativa sonora e emocional.
A ciência mostra que nosso cérebro busca padrões harmônicos, melodias envolventes e timbres agradáveis.
Daniel Levitin, em A Música no Seu Cérebro, afirma que “as canções que permanecem no tempo ativam regiões cerebrais ligadas à memória e prazer”.
É por isso que músicas como "Africa" (Toto), "Every Breath You Take" (The Police), "Billie Jean" (Michael Jackson) e "Time After Time" (Cyndi Lauper) ainda tocam nas melhores rádios do mundo. Elas carregam harmonia refinada, produção limpa e emoção — três pilares que fazem o ouvinte permanecer.
Em contraste, estilos como forró eletrônico, pagode comercial ou o rap agressivo atual, muitas vezes pecam pela repetição pobre, letras rasas ou timbres estridentes.
Segundo a revista Psychology of Aesthetics, Creativity, and the Arts, “sons mal equalizados ou esteticamente caóticos causam evasão do ouvinte antes dos primeiros 20 segundos”.
Ou seja: qualidade sonora não sai de moda. E quem valoriza boa música continua girando o botão do rádio sempre que sente que a arte deu lugar ao ruído.
Comentários
Postar um comentário